PAULO E A IGREJA EM FILIPOS

by: Moisés Duarte

      A carta de Paulo aos crentes da cidade de Filipos é conhecida como a carta da alegria, e o mais interessante de tudo é que, quando escreveu esta carta o apóstolo de Cristo encontrava-se em cadeias. Na ocasião recebeu a visita do irmão Epafrodito, oriundo da congregação de Filipos, o qual chegou a adoecer gravemente, “mas Deus se apiedou dele” que, quando recuperado conduziu esta carta aos crentes de Filipos. Também em prisões o apóstolo escreveu aos Filipenses, à Filemon, aos Colossenses e aos Efésios. Nesta carta o apóstolo demonstra aos crentes de Filipos toda a sua gratidão e amor por todo o zelo e carinho dispensados a ele. Como tema central da carta podemos destacar a Alegria de viver em Cristo Jesus. É evidente que a carta foi escrita enquanto Paulo estava na prisão aguardando o julgamento que resultaria em liberdade, ou talvez em morte.
      A Chegada do Evangelho
      Filipos era uma colônia romana e tinha uma importância estratégica por constituir rota comercial entre a Ásia e a Europa. Embora não seja possível afirmar com certeza e precisão, estudiosos estimam que, a carta foi redigida cerca de 60 a 63 d.C. costumeiramente quando Paulo visitava uma cidade, dirigia-se à sinagoga local no intuito de partilhar a mensagem do Evangelho. Ao que nos parece em Filipos não havia uma comunidade disposta a ouvi-lo na sinagoga. Em Atos é relatado que depois de alguns dias naquela cidade, ele juntamente com Timóteo e Silas dirigiram-se à beira do rio, a fim de encontrar um local para orações. Foi lá que o apóstolo encontrou Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de tecido de púrpura (tintura fabricada com o sumo da raiz da ruiva-dos-tintureiros), mulher temente a Deus, juntamente com mais um grupo de mulheres.
      Lídia, após ser batizada levou o primeiro grupo de cristãos da cidade a congregar em sua residência – At. 16.15. Foi no lar desta temente mulher que a igreja filipense começou a florescer. As mulheres da igreja de Filipos mantiveram as tradições das mulheres macedônicas de exercerem iniciativa e influência.
      No entanto, os missionários encontraram-se em graves problemas quando Paulo expulsou o "espírito de adivinhação" de uma jovem que, "adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores" (Atos 16:16). Como consequência foram açoitados e encarcerados.
      Para ele, permanece o fato que Cristo está sendo proclamado, o que faz com que se regozije. Ele não sabe em que se dará sua prisão; contudo, ele já compreendeu que, quer a prisão termine com a liberdade, quer com a morte, tudo resultará para a glória de Cristo.
Filipenses 1
1 Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
2 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo.
3 Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós,
4 Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas,
5 Pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora.
6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;
7 Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.
8 Porque Deus me é testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo.
9 E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento,
10 Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;
11 Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.

      Logo na saudação inicial da carta, o nome de Timóteo é citado juntamente com o nome do autor da mesma. Paulo já não gozava de boa saúde física, com isto, a ajuda de um companheiro para lhe auxiliar nos seus escritos era de grande valia. Timóteo provavelmente tenha exercido essa função. Rm 16.22; Cl 1.1.
      Paulo dirige-se aos cristão os chamando de “santos em Cristo Jesus”, isto para ilustrar a íntima relação espiritual dos crentes com o Senhor Jesus. Após saudar seus irmãos filipenses Paulo demonstra para com eles sua terna gratidão. Os cristãos filipenses haviam sido de grande compaixão para com o apóstolo quando da sua prisão, defesa e confirmação do Evangelho. Apesar da distância física os cristãos estão sempre presentes nas orações de Paulo. É gratificante saber que a oração tem o poder de nos aproximar espiritualmente. Paulo era um fiel intercessor de seus discípulos. Em júbilo o apóstolo realizava essas orações intercessoras, apesar das circunstâncias em que se encontrava. Fica evidente o desejo de Paulo de estimular o espírito de unidade entre os crentes. O exemplo de Cristo deveria inspirar seus seguidores a colocar os interesses dos outros diante de seus próprios interesses. Se aprendessem essa lição, também seriam capazes de, juntos com Paulo, regozijar-se no Senhor.
      Somente após agradecer a Deus pelos irmãos filipenses é que Paulo passa a rogar a Deus. Algo incomum nas orações dos crentes hodiernos. Vejamos que Paulo não começou a oração pedindo a Deus pela sua libertação mas, agradeceu pelos seus irmãos em Cristo e em favor deles intercedeu. Hoje, muitos já esqueceram de interceder e muito mais de agradecer. A teologia do determinismo tem imperado entre os cristãos. “Eu quero”, “eu determino”, “eu não aceito isso ou aquilo”, “eu profetizo”, “eu tomo posse”.
      Paulo rogou para que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento. O anseio de Paulo é que o amor de Cristo seja abundante entre os irmãos de maneira cada vez mais profunda, conduzindo assim, cada um deles a um conhecimento mais íntimo com Cristo. Consequentemente a esta aproximação com o Senhor, eles provariam coisas excelentes e se tornariam sinceros e sem escândalos. Paulo se preocupava com a conduta dos crentes também perante a sociedade, pois, estamos rodeados de grande número de testemunhas, e precisamos ter cuidado para não causarmos escândalos ao Evangelho. Era também desejo do apóstolo que os crentes não fossem crentes estéreis, mas que frutificassem para a glória de Deus.

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